E agora apenas a duas rodas – Honda PCX 2015 aka “Suri”

Publicado por em 8 de Fevereiro de 2016

O assunto não é novo, nem eu serei a exceção, muito pelo contrário. O ter uma mota passa pela cabeça de grande parte dos adolescentes. E, se no passado acabei por nunca avançar, agora chegou a altura.
Deem as boas vindas à Suri!

No passado (já bastante longínquo, é verdade) cheguei a ponderar a compra de uma mota. Era um meio de transporte acessível, tanto pelo preço, como pelo consumo, mas acima de tudo porque na altura estávamos a falar de motas com 50 CC, que dispensavam carta especifica para o efeito.

Juntei dinheiro e cheguei a visitar um concessionário de uma marca, (sinceramente não me recordo qual) que ficava ali na rua Columbano Bordalo Pinheiro, e que comercializa umas motas similares às Yamaha DT (muito populares na altura), mas a preço bem mais baixo. O negócio acabou por não acontecer uma vez que, face à revelação da minha ideia, os meus pais decidiram dar-me para a mão a chave de um UMM Alter II que existia lá em casa.

Em 2015 a ideia de ter uma mota voltou a surgir, após dois amigos terem adquirido umas scooters. A ideia de ter uma forma mais rápida de chegar a Lisboa todos os dias, evitando as filas de transito, e a poupança de combustível associada fizeram-me ponderar seriamente o assunto, e lá abri eu um excel (como sempre!) onde comecei a tomar nota de tudo e mais alguma coisa, desde possíveis motas, os consumos, os gastos mensais, o equipamento,  enfim, tudo o que se possa imaginar que me pudesse ajudar a tomar a decisão.

Por um lado temos a questão da segurança, que inegavelmente numa mota é muitíssimo inferior a um carro, mas por outro temos os fatores tempo e dinheiro que são extremamente favoráveis à mota. E depois ainda temos o fator “aventura”… A decisão estava a começar a formar-se, esperando eu que o facto de já ter mais alguma idade, ponderação, me ajudasse no dia-a-dia de forma a evitar, ou pelo menos minimizar, os perigos deste meio de transporte.

Vi vários modelos de muitas marcas, mas a opinião geral em tudo o que é fóruns de debate sobre o assunto, é que a Honda PCX é uma das melhores opções para quem quer começar a andar de mota. É um modelo fiável, de preço acessível e facilmente manobrável, o que para mim era essencial devido à ausência de experiência.

Assim, liguei para um concessionário (a Motorway, em Campolide) e à hora marcada lá estava eu para ver a mota ao vivo, e efetuar um pequeno test drive para sentir o que seria conduzir uma ‘coisa destas’.
Se na internet a mota parece bonita, ao vivo ainda parece mais. Bons acabamentos, e, neste modelo de 2015 pelo menos, alguns pormenores para mim importantes, como a ligação de isqueiro e o amplo espaço debaixo do banco.

Após uma pequena conversa, lá pedi para me deixarem experimentar a mota…e, inevitavelmente, lá veio a pergunta “Que experiência tem em andar de mota?”. Muito rapidamente, e sem qualquer hesitação respondi “De mota nenhuma…mas sei andar de bicicleta, deve ser parecido não?”.
Ainda hoje guardo a cara do senhor (muito simpático, por sinal) que me estava a atender. O semblante fechou e o ar de preocupação instalou-se.

Enquanto me preparava para experimentar (assinar papeis, pegar no capacete, etc) lá fui ouvindo “Veja lá se se sente confortável para ir sozinho”, ou “Tem a certeza que quer experimentar?”…mas estava decidido e lá fui eu. Primeiro (muito) a medo a arrancar, mas por incrível que parece, e sem nunca ter relaxado, dei duas voltinhas ao quarteirão sem dificuldade em controlar a mota. É esta!

Decisão tomada, restava agora tentar contactar os vários concessionário para tentar ver onde poderia obter o melhor negócio. Acabei por comprar a ‘Suri’ (nome decidido logo no primeiro encontro – é pequena, ágil, e parece, como os Suricatas, surgir no meio dos carros a espreitar, tal como estes quando se colocam a olhar para as redondezas) na Lopes & Lopes. Tive de esperar quatro semanas para ter o modelo vermelho, mas lá chegou.

Aqui ficam algumas fotos, e as especificações da menina:
Honda PCX 2015
Motor a 4 tempos, de 125 C.C. com 11,5 CV e 12 Nm de binário
Transmissão automática
Pneu 90/90 14″ na frente e 100/90 14” na traseira
Capacidade do depósito: 8 litros (autonomia expectável entre os 300 e os 400 KM)

5 Responses to E agora apenas a duas rodas – Honda PCX 2015 aka “Suri”

  1. José

    Lopes & Lopes

    Bom negócio não fosse o António o 1º a fazer o Dakar

    • Pedro Machado

      Olá, José.

      Sim, o António foi muito simpático, e ajudou-me muito nesta fase inicial para tentar perceber melhor como tudo funciona.
      Mas só quando lá fui à segunda revisão (dos 4000) é que vi na parede o placard…António Lopes no Dakar! Espetáculo!

      Abraço.

  2. José

    Olá Pedro,

    SIm, é verdade, ele tinha a mota com que fez o Dakar no Stand.
    Até há uma banda desenhada portuguesa que retrata o feito.

    Quando reiniciei a utilização de Moto foi o António que já conheço à muitos anos desde o tempo de estudante da secundário que me vendeu uma XR250R usada mas em bom estado.

    Abraço

    • Pedro Machado

      A sério?? sabe-me dizer que banda desenhada é? Gostava imenso de ver isso.

      Coitado do António, devia ter visto a cara dele quando me viu a sair do stand…sem experiência nenhuma. Até fez questão de levar a mota até à estrada, não fosse eu cair logo ali no acesso ao Stand.

      Um abraço.

  3. José

    Olá Pedro,

    Aqui vai

    Os portugas no Dakar / Elisabete Jacinto, Luís Pinto Coelho . – Lisboa : Plátano, 2003. – 48 p.
    Fruto de uma parceria entre Elisabete Jacinto e Luís Pinto Coelho a banda desenhada. “Os Portugas no Dakar” propõem-se imortalizar as participações de todos os portugueses que se aventuraram de moto no maior rali do mundo, o mítico Rally Paris-Dakar. “Os Portugas no Dakar” foi elaborado de uma forma lúdica, humorística e divertida onde os vários pilotos e as suas motos são os verdadeiros heróis que, ao viverem as aventuras e desventuras do dia a dia do mais duro rali do mundo, transmitem aos leitores a força, a garra, o espírito de aventura e de improviso típico dos portugueses. “Os Portugas no Dakar” mostra o outro lado do rally, aquele que passa à margem dos interesses jornalísticos e que está muito para além das tabelas classificativas, da magnitude das paisagens e da grandeza do deserto. É o verdadeiro Dakar vivido por dentro, as condições de participação, as aspirações, os anseios de cada piloto, os sentimentos e o desespero de quem conduz a moto até ao limite das suas forças, as façanhas de um modo de vida improvisado diariamente. São as histórias dos pequenos problemas que deixam marcas profundas em quem as vive? cuja superação conduz à vontade irresistível de voltar. São as histórias nunca antes divulgadas? “Os Portugas no Dakar” nasceu das muitas histórias que Elisabete Jacinto ouviu da boca dos pilotos portugueses quando também ela se aventurou no Paris Dakar competição que marcaria definitivamente a sua carreira de piloto.

    Abraço

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